Senhor Myron Markevic
Este senhor é o treinador do Metalist.
Na conferência de imprensa a projectar o jogo de hoje da Taça UEFA contra o Metalist, Myron Markevic disse que pensar que o Benfica podia ganhar por 8 – 0 (a marca mínima para aspirar a seguir em frente) era uma “piada e uma anedota”, algo que foi demonstrado inequivocamente no decorrer do jogo de ontem.
Markevic ainda disse que o Benfica devia ter pensado no apuramento mais cedo e não agora, no último jogo da fase de grupos.
Estes comentários merecem os nossos aplausos, porquê ?
Porque este senhor, por não ter nada a dever e não estar embrenhado nas malhas da máfia encarnada, pode livremente expressar a sua opinião que não é diferente do cidadão anónimo que acompanha o futebol.
Mal vai a comunicação social que não pode, livremente, expressar a sua opinião acerca da agremiação da luz.
Parabéns Senhor Myron Markevic.
3 comentários:
VerdeLago é Projecto de Interesse Nacional
01-02-2006 8:15:00
O empreendimento turístico VerdeLago, em Castro Marim, propriedade do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi elevado pelo Governo a Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN).
Situado em Altura, Castro Marim, prevê a implementação de 2041 camas, e estende-se desde a Estrada Nacional (EN125) até ao mar, numa extensão 94 hectares, junto à praia Verde.
Ao ser reconhecido como PIN, pela Agência Portuguesa de Investimento (API), o VerdeLago passa a ser acompanhado pelo Sistema de Reconhecimento e Acompanhamento, beneficiando de critérios que promovem a celeridade dos procedimentos legais necessários à sua viabilização.
O Plano de Pormenor da Verdelago prevê a construção de diversos equipamentos, designadamente um hotel com 197 quartos, um aldeamento turístico e moradias geminadas e isoladas, num total de 410 fogos, bem como uma zona de comércio e serviços e um campo de golfe de 18 buracos e respectivo clube.
Trata-se de um investimento de cerca de 60 milhões de euros, onde os promotores pretendem criar cerca de 600 postos de trabalho, directos e indirectos. O empreendimento está localizado no pinhal com acesso directo à Praia Verde e parte da sua área deverá apanhar a Rede Natura 2000.
Reconhecimento de "interesse público" tem mais de 10 anos
O Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) do Sotavento algarvio, que abrange esta faixa do litoral, apenas condiciona o tipo de apoio de praia deste megaprojecto.
Recorde-se que o VerdeLago - concomitantemente com Vale do Lobo III e Vilamoura XXI - foi um dos três projectos considerados "estruturantes" e aprovados no final do último Governo de Cavaco Silva, passando desde então a beneficiar de uma medida de excepção, prevista no artº 41 do Plano de Ordenamento do Algarve (Protal).
A classificação de "interesse público" permite a edificação em locais sensíveis, sob o ponto de vista ecológico, e não autorizadas ao cidadão comum.
Nestes casos, o POOC considera unicamente que os projectos têm de respeitar a Directiva Habitats.
Embora o reconhecimento de "interesse público" do empreendimento tenha sido aprovado em 1994, o Plano de Pormenor do Verdelago só foi ratificado por resolução do Conselho de Ministros de 17 Janeiro de 2001.
A Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território do Algarve, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, procedeu, por sua vez, à Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) do Emissário Submarino de Descarga da Lagoa do Empreendimento Verdelago, solicitada em 20 de Março de 2005 e cujo acompanhamento público terminou a 18 de Abril.
O documento de conformidade desta AIA, registada no Instituto do Ambiente com o nº 945, “não se encontra disponível”. Esta é a segunda vez que o AIA é apreciado, pois em 14 de Outubro de 2003 obteve um parecer “favorável condicionado”.
Recorde-se a propósito que a Associação Ambientalista Almargem já se havia pronunciado negativamente quanto a este projecto.
Os ambientalistas recordam que ele irá ultrapassar em cerca de quatro vezes mais a capacidade máxima das 600 camas previstas para o sector turístico no PDM daquela vila.
A construção do campo de golfe, por outro lado, obriga à desafectação de algumas dezenas de hectares da Reserva Ecológica Nacional (REN), ocupando 31 hectares de zona húmida.
Com abertura prevista para 2009, o empreendimento é da responsabilidade da VerdeLago - Sociedade Imobiliária, SA, empresa pertencente ao Grupo Inland e é dirigido ao segmento alto da procura turística.
Tendo em conta mais um assassinato das matas nacionais, a velocipédica fundação sente-se na obrigação de divulgar o comunicado da Associação dos Amigos da Mata e do Ambiente – Vila Real de Santo António
São os chamados PIN, os projectos que governo e autarquias gostam de apelidar de estruturantes, porque dizem criar emprego e riqueza.
O resultado é outro e bem visível: mais uma fatia da área florestal de pinheiro-manso da Praia Verde foi devastada para dar lugar à construção de moradias, apartamentos e, eventualmente, algum hotel.
É uma filosofia de “desenvolvimento” que sacrifica as áreas naturais a troco de cimento, golfes e a perspectiva inevitável de um consumo de água obsceno. Trata-se de uma política que já hoje é condenada na maior parte dos países que começam a despertar para as questões ambientais e para a desertificação decorrente do aquecimento global.
Neste caso da Verdelago, pouco há a salvar. O mal está feito. Mas a denúncia pública, apoiada em imagens indesmentíveis, deve ser feita para que a sociedade civil tome consciência do que está em jogo – o bem-estar e a qualidade de vida das comunidades locais ou o lucro e os privilégios de uns quantos. (26.10.2008)
Ainda há tipos com LATA para escrever sobre planos directores deste lugar e daquele ali ao lado! EhEhEhEhEh!
Processo: Informação consta do caso BPN Vieira comprou acções da SLN
A Euroamer, gigante imobiliária que antes de falir era gerida por Artur Albarran, vendeu 4 913 438 acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) à Inland, de Luís Filipe Vieira, por oito milhões de euros. O negócio de 7 de Junho de 2001 terá sido favorável ao actual presidente do Benfica – uma vez que, nem seis meses antes, a mesma Euroamer tinha vendido, curiosamente, também 4 913 438 de acções da SLN a uma outra empresa, mas neste caso por 11,8 milhões de euros. Toda a informação sobre estas duas transacções, sabe o CM, consta dos processos do Banco Português de Negócios, detido pela SLN, em investigação no Ministério Público.
CMVM denuncia ao Ministério Público indícios de crime de manipulação com acções Portucel e do Benfica
19.12.2008 - 18h16
Por Lusa
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) detectou e investigou indícios de manipulação do mercado sobre acções da Portucel, que decidiu hoje denunciar ao Ministério Público. A CMVM enviou também para o Ministério Público indícios de manipulação de mercado no caso que ficou conhecido como a OPA dos chineses sobre o Benfica.
"Detectámos, no decorrer da vigilância permanente que fazemos, operações que não correspondiam ao padrão normal e que decidimos averiguar", disse à agência Lusa fonte oficial do supervisor.
A essas operações correspondiam "evoluções de cotação estranhas", e por isso a CMVM decidiu abrir uma investigação mais aprofundada na qual identificou "indícios de manipulação de mercado".
Por essa razão, o caso passa agora para a esfera do Ministério Público, disse a mesma fonte.
"O Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em reunião realizada no dia 18 de Dezembro de 2008, deliberou denunciar ao Ministério Público indícios de um caso de manipulação de mercado sobre acções da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel", refere o supervisor em comunicado.
A lei proíbe, punindo com coimas e outras penas que podem ser de prisão até três anos, comportamentos negociais ou informativos que, pela sua natureza ou consequências, possam criar uma situação enganadora sobre um valor mobiliário ou sobre uma entidade emitente, ou seja de manipular o mercado.
Na mesma reunião, a CMVM decidiu também denunciar ao ministério público indícios de um outro caso de manipulação de mercado, este sobre acções da Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD.
Este caso ficou conhecido como a falsa OPA dos chineses sobre o Benfica.
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