imagem de marca da agremiação corrupta

Regressamos para nova época desportiva com um excelente artigo que o JL_72 nos fez chegar:
"Existe um clube em Lisboa que exibe, no seu estádio, bandeiras NeoNazis. As hediondas "NN" que dão côr às bancadas do seu campo de jogos, em Benfica. Tal, já é por todos conhecido. Tão conhecido, que ninguém estranha, por ser familiar. Por onde não caminhas Portugal? E porquê? Será uma conversa longa, esta. E será tida um dia, aqui. O porquê de existir um clube em Portugal que se associa ao Nazismo. Mas não hoje.

Diz, rosto que visivelmente sofre, por via do teu agente:

"É óbvio que está triste, chateado e muito aborrecido. Não percebe, nunca prejudicou o Benfica e foi sempre correcto. Contrataram-no para quê?" in Record, 02 Setembro 2011 (link).

Pergunta legítima, por parte de quem em Espanha e ao longo de 20 anos, para além de uma excelente carreira de futebolista, construiu um histórico de fair-play e decência .

Uma pergunta que não obstante, ficará sem resposta.

Recuemos agora 10 dias, a 22 de Agosto de 2011 (link).

Nós sabemos Zoro. Temos memória.

 " O Costa-Marfinense Marc Zoro recorda com tristeza os tempos passados no Benfica, 'Estou livre, rescindi o meu contrato há algumas semanas. Mas foi um processo longo, com os dirigentes a fazerem-me esperar durante meses. Não fui feliz nesse clube, tinha de deixar o Benfica (...) O Benfica vai ficar na minha memória como uma experiência muito negativa. Foi horrível, nem quero pensar nisso. Por outro lado, tenho boas memórias do V. Setúbal, tenho lá bons amigos (...) Na verdade, fui o instrumento que ele usou para se vingar do [José] Veiga. Colocou-me à parte, nunca fiz parte da pré-época. Makukula, Balboa, Jorge Ribeiro e eu... Éramos um grupo de dez jogadores que foram colocados de lado. Quando esses se foram embora, comecei a ter de me equipar num balneário à parte. Fui tratado como um cão ...' ".

Vejo aqui um padrão. Normal, dirão. O mundo do futebol por envolver escolhas, selecções, contratos, é gerador de mau-estar em alguns (muitos) jogadores, treinadores, e até dirigentes. Frequentemente os jogadores viram-se contra o próprio fenómeno, sob a via de palavras ou acções azedas que alvam as suas entidades ou ex-entidades patronais: os clubes. Este fenómeno, confesso, desagrada-me muito. Não julgo que os jogadores de futebol, hoje, devessem concentrar sobre si todo o "poder" que lhes é (estranhamente) oferecido. "Poder" esse que vai muito para além de questões monetárias. Mas sobre estas, exclusivamente, ao nível das principais Ligas Europeias e seus clubes de topo, uma verdade daquelas "simplistas" que mesmo não figurando uma imediata relação causa-efeito, podemos ter a certeza existir:

- Os clubes estão cada vez mais pobres e endividados.

- Os jogadores, estão cada vez mais milionários.

Tem muito que ver com tal, o desagrado que me provoca o "estatuto" de que os futebolistas hoje gozam. Mas não nos percamos do essencial.

Vejo um padrão, ali. "Makukula, Balboa, Jorge Ribeiro e eu", disse-nos o Costa-Marfinense Marc Zoro. 4 atletas, 3 de origem Africana, e 1 Português. Realmente ... bom, calma, vou usar-me da (falha) memória e mentalmente percorrer alguns livros. De cabeça, e devagarinho porque a questão é delicada:

Mantorras, "o avançado Angolano deu entrada no Tribunal de Trabalho de Lisboa uma participação para requerer pensão de invalidez", Fevereiro de 2011 in "Mais Futebol" (link).

Mantorras, recordamos, prodígio do futebol Africano que foi em 2002 e 2003 forçado pelo Benfica a jogar lesionado. Tal, conduziu - clinicamente provado - à permanente invalidez do ser humano, por via da invalidez numa das suas pernas. Bem ... não é a mesma coisa. Será? Não, óbvio que não. O caso de Mantorras tratou-se de um "acidente". Não acredito em momento algum que o Benfica estivesse consciente de que forçando o atleta a jogar, estaria a provocar-lhe alguma espécie de crónica deficiência (física). Não vou por isso relacionar Mantorras com o padrão por Marc Zoro introduzido. Balboa, já falado. Sidnei, onde anda? Há muito que não ouço falar nele. Perdeu por completo o espaço que tinha no Benfica. Verdade? Estranho, uma vez tratar-se de um Internacional Brasileiro. Tenho muita dificuldade em prosseguir com este post. Zero vontade. Tema algo triste. Vou prosseguir mas não estou certo de que vá publicar esta mensagem. Makukula, Binya. Binya ... esteve no Benfica 1 temporada, tempo suficiente para ter sido apelidado de "assassino" e ter visto a UEFA aplicar-lhe uma (algo) inédita suspensão de 6 jogos Europeus, por entrada violentíssima sobre um jogador do Celtic de Glasgow em jogo da LC. O que leva um profissional a cometer tamanha barbaridade (recordam-se, por certo, das chocantes imagens) sobre um colega de profissão? Qual é o processo e desenvolvimento emocional (anómalo) que interfere tanto com a psique de um individuo ao ponto de conduzi-lo à autoria de semelhante acção? Não sei. Sei que o Benfica é uma casa "estranha", mas pouco mais. Recordo-me agora das agressões de que foi vítima o tratador da águia Vitória, apenas há uns meses, em pleno estádio da Luz.

Más recordações, "horrível", pegando em Zoro, aquelas que o Galego levou do Benfica (link).

Continuemos, listas mentais; de memória, um dos maiores símbolos do futebol mundial. Mundial, repito, porque falamos de Eusébio da Silva Ferreira. Fácil, convenhamos. "O Pantera Negra", portentoso tanque Português de origem Moçambicana que deliciou os adeptos do futebol durante tantos anos. O que aconteceu a Eusébio? Não sei, mas posso ir ao fórum de referência da nação encarnada tentar saber:

Ednilson: --- Citação de Meireles em 10 de Janeiro de 2007, 15:55 ---
"Está a 60%??? Não querendo misturar alhos com bugalhos!! O REI EUSÉBIO, jogou tantos anos com os joelhos triturados, jogou infiltrado, a coxear, e alguem se lembra dele como jogador lesionado??? Não, lembram-se de golos, mts golos, exibições fantásticas. Como ele mts outros jogadores fizeram carreiras com lesões. Mantorras nem em Angola, joga!!! Por favor!! Não tirava o lugar aquele craque, Akwa xiça!!"
--- Fim de Citação --- Que pena não haver o bonequinho com as palminhas............... ;) (link).

E fim da citação da citação. Portanto, ficámos a saber por via do benfiquista Ednilson - e das suas imbecis palminhas e simbologia "emoticon" escrita - aquilo que em boa verdade ... já conhecíamos: Eusébio terminou a carreira de futebolista em profundo sofrimento físico e emocional. Porquê? Sobejamente sabido: tal como o Angolano Mantorras, foi o Moçambicano forçado a jogar lesionado, em representação do clube de Benfica. Porém, ficámos a conhecer os detalhes e esses são, convenhamos, um bocadinho chocantes: "jogou infiltrado, a coxear, jogou com os joelhos triturados", disse-nos Ednilson citando Meireles. Não quero imaginar; respeito demasiado Eusébio e prefiro, por isso, guardar dele as românticas imagens e memórias dos muitos golos que marcou ao longo da sua carreira.

Continuemos e acelaremos o passo, caso contrário, suspeito, não conheceremos fim ao tema.

Rafik Halliche, um nome que (presumo) ninguém conhece. Eu conheço, joga no Fulham, e tenta aquilo que Zoro, Balboa e muitos ex-jogadores do Benfica, tentam: relançar a sua carreira. Apesar de desconhecido, alguns benfiquistas, porém, saberão de quem se trata (foto do Telegraph, link). Não me interpretem mal, por favor. Sugiro apenas o que é evidente: por algum motivo, o clube de Benfica e os jogadores do clube de Benfica encontram-se frequentemente associados à violência. Quase sempre, vítimas. Por algum motivo ...

Yu Dabao, não é Africano. Asiático, Internacional Chinês e apontado há uns anos como o mais promisor futebolista daquele imenso país do Extremo-Oriente. Onde anda ele, hoje? Não sei, mas talvez pelos mesmos sítios dos anteriores: algures, tentando refazer a sua vida e relançar a sua carreira. Derlei, o Sportinguista Derlei, valioso futebolista que tal como João Vieira Pinto encontrou a felicidade em Alvalade. Não, sem antes, experimentar o "inferno da Luz" (expressão modista do universo benfiquista, uma muito conhecida, repetida e acarinhada pelos benfiquistas). Quem sou eu para julgar, cada um sabe daquilo que gosta ...

Gente à procura de sentido, relançamento, confirmação para uma carreira outrora tida como certa;Armando Sá, dotado lateral de origem Africana que viu os anos de Benfica ofuscar-lhe o sucesso. Onde anda? Éder, Cabral, mantenho interrogação. O importante Akwa, alguém recorda? "O novo Eusébio", diziam. Mais uma carreira perdida, infelizmente, para o (em tempos) pródigo Angolano, pós-ingresso no Benfica. Mawete, idem. Em comum? Origem. Não tem fim, a lista.

Vamos rodar a antena para diferente frequência, na tentativa de procura de um fim. Vitoriosos, e seu universo: Hélder, símbolo e campeão pelo Benfica em 1994, vítima de separatismo no balneário encarnado (link). Má sintonia, esqueçamos esta antena. Esperem, José Soares, Pepa, alguém se lembra de Pepa? Internacional Português. Que lhe aconteceu? Michael Thomas, ai Deus do que lembrei: difícil imaginar o que terá sentido o Internacional Inglês de origem Africana vítima das recorrentes humilhações por parte dos benfiquistas. Tantas que conduziram o seu treinador, na época, a afirmar peremptoriamente em conferência de Imprensa, «O que se passou aqui foi vergonhoso, estes adeptos são vergonhosos». Thomas, uma carreira brilhante ao serviço do Liverpool. Em Benfica, "... um Patrick Vieira com paralisia motora" (link).

Sem palavras, é o Benfica.

Encerro a mensagem porque é deprimente demais. Não lamento a lista viajar apenas 7 ou 8 anos. As memórias são frescas. Até, em futebol."

fonte: SportingAutentico