"Ministério Público acusou 38 pessoas ligadas à claque benfiquista e diz haver indícios do apoio de Luís Filipe Vieira aos acusados.
O conteúdo de uma pen-drive apreendida a um elemento do 'No Name Boys' (NNB) foi apenas um indício para o Ministério Público avançar para a acusação de associação criminosa. Dentro do dispositivo encontravam-se informações detalhadas sobre elementos da rival Juve Leo: fotografias dos dirigentes, acompanhadas por notas sobre "namoradas, cônjuges e restantes familiares". A recolha de informação fazia parte da forma de actuação dos NNB. Os 38 elementos ligados a esta claque foram acusados pelo DIAP de Lisboa de crimes de associação criminosa e tráfico de estupefacientes.
A acusação é feita após um grupo de 30 suspeitos ter sido detido em Novembro de 2008, na operação'Fair Play' realizada pela PSP de Lisboa. Nas buscas domiciliárias, a polícia apreendeu droga, armas e material pirotécnico.
Terá sido a metódica recolha de informação que levou elementos do NNB ao encalço de João Filipe Sério, adepto do Sporting e membro do grupo "1143" que integra a Juventude Leonina. Em Fevereiro de 2008, quatro elementos do NNB, abordaram o rival junto à casa deste.
João Sério ainda tentou fugir para uma esquadra da PSP, que fica nas imediações. Porém foi alcançado pelo grupo. Um dos agressores, segundo a acusação, "desferiu diversos golpes no corpo do ofendido com uma faca que trazia consigo". Os restantes, "utilizando tochas incendiárias queimaram o corpo do ofendido, nomeadamente na anca esquerda e no abdómen, ao mesmo tempo que, utilizando um taco, desferiram com ele pancadas no corpo daquele, atingindo-o em várias zonas letais, nomeadamente na cabeça".
Este é apenas um caso relatado no despacho de acusação do DIAP de Lisboa neste caso, o qual resultou na junção de vários processos dispersos por diferentes comarcas. Um destes veio da comarca do Seixal e diz respeito à agressão e destruição do carro de um jornalista de O Jogo no centro de estágio dos "encarnados". O episódio ocorreu em Abril de2008 e o envolvimento dos NNB foi "apanhado" em escutas telefónicas. No dia da agressão, MIguel C. telefonou a Hugo C (ambos acusados no processo), contando que um grupo esteve no Seixal onde "partiram a boca toda a um do Jogo".
Os membros da claque partiram ainda o vidro do carro do jornalista, e tentaram introduzir no interior da viatura uma tocha incendiária que poderia ter destruído por completo o carro. "Partimos o carro todo do jornalista, (…) mandei uma tocha para dentro do carro, só não incendiou porque saiu fora", disse Miguel C, numa escuta que está transcrita na acusação.
Os líderes da claque são ainda suspeito de revenderem ilegalmente bilhetes para os jogos do Benfica. Os ingressos seriam cedidos à claque a um preço reduzido, mas depois eram colocados mais caros no mercado. O DIAP de Lisboa sustenta que o lucro obtido era "investido" depois no negócio da droga. "
in DN
6 comentários:
eh pa nao tou a ver kual e o problema desta cena men.
toda a gente fala k nao ha emprego para os joves e a gente pa, fazemos, a modes de ke os nossos proprios empregos pa! nao sei kual é a cena da bofia.
devem ser malta do fisco a ver se a gente ta coletada e paga os impostos todos. Esses gajos pá, é k sao os verdadeiros bandidos pá, nao semos a gente pá!
A PSP conclui, no relatório final da investigação aos No Name Boys, que a direcção do Benfica é refém da claque ilegal pela capacidade de votação em bloco – quatro mil elementos – nas assembleias. E deram uma demonstração de força quando vetaram a proposta de tornar Henrique Granadeiro, presidente da PT, sócio honorário do clube.
Caturna é considerado um dos cabecilhas da claque ilegal, o mesmo que disse, em escuta, que 'os No Name Boys são o braço armado do Benfica'. Esteve no incêndio ao autocarro dos adeptos do FC Porto, em Junho passado, e no espancamento de um militar da GNR apenas porque usava um cachecol do clube do Norte. Depois incendiaram-lhe o carro com uma tocha. E no telefonema que a PSP apanhou ouviu ‘Zé Gago’ dar-lhe conta do que Luís Filipe Vieira lhes prometera: na época seguinte não haveria polícias no sector dos No Name. O presidente do Benfica, segundo ‘Zé Gago’, afirmou que ia 'tratar da polícia em três tempos'. Vieira anunciou ainda 'correr com Paulo Dias', o chefe de segurança que se dava 'com polícias' e que na época seguinte as tochas podiam entrar na Luz. Quanto à sede da claque, 'a casinha', ia-lhes ser restituída e o clube pagaria as obras necessárias.
O conteúdo de uma pen-drive apreendida a um elemento do 'No Name Boys' (NNB) foi apenas um indício para o Ministério Público avançar para a acusação de associação criminosa. Dentro do dispositivo encontravam-se informações detalhadas sobre elementos da rival Juve Leo: fotografias dos dirigentes, acompanhadas por notas sobre "namoradas, cônjuges e restantes familiares". A recolha de informação fazia parte da forma de actuação dos NNB. Os 38 elementos ligados a esta claque foram acusados pelo DIAP de Lisboa de crimes de associação criminosa e tráfico de estupefacientes.
João Sério ainda tentou fugir para uma esquadra da PSP, que fica nas imediações. Porém foi alcançado pelo grupo. Um dos agressores, segundo a acusação, "desferiu diversos golpes no corpo do ofendido com uma faca que trazia consigo". Os restantes, "utilizando tochas incendiárias queimaram o corpo do ofendido, nomeadamente na anca esquerda e no abdómen, ao mesmo tempo que, utilizando um taco, desferiram com ele pancadas no corpo daquele, atingindo-o em várias zonas letais, nomeadamente na cabeça".
Este é apenas um caso relatado no despacho de acusação do DIAP de Lisboa neste caso, o qual resultou na junção de vários processos dispersos por diferentes comarcas. Um destes veio da comarca do Seixal e diz respeito à agressão e destruição do carro de um jornalista de O Jogo no centro de estágio dos "encarnados". O episódio ocorreu em Abril de2008 e o envolvimento dos NNB foi "apanhado" em escutas telefónicas. No dia da agressão, MIguel C. telefonou a Hugo C (ambos acusados no processo), contando que um grupo esteve no Seixal onde "partiram a boca toda a um do Jogo".
Os membros da claque partiram ainda o vidro do carro do jornalista, e tentaram introduzir no interior da viatura uma tocha incendiária que poderia ter destruído por completo o carro. "Partimos o carro todo do jornalista, (…) mandei uma tocha para dentro do carro, só não incendiou porque saiu fora", disse Miguel C, numa escuta que está transcrita na acusação.
Filipe Vieira perde processo e €1 para António Tavares Teles
O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão ao jornalista e colunista no processo por este movido em 2008 contra o presidente do Benfica, que numa deslocação ao Canadá apelidou vários jornalistas de "jagunços", "lixo" e "porcaria".
António Tavares Teles não sabe quando ou em que circunstâncias irá receber o euro de indemnização ganho no processo contra o presidente do Benfica, mas refere que não irá abdicar dele. A sua intenção é emoldurá-lo e colocá-lo na parede.
"Como se percebe, neste processo nunca me interessou o valor da indemnização mas, sim, que o presidente do Benfica fique a saber que ele não pode ofender as pessoas quando lhe apetece, nem que está acima da lei e dos tribunais", afirma Tavares Teles.
O jornalista sustenta estar muito satisfeito com a decisão da Relação, após o Tribunal Cível de Lisboa ter arquivado o seu processo contra Luís Filipe Vieira, bem como o do presidente do Benfica, entretanto interposto a António Tavares Teles, alegando abuso de liberdade de expressão. Neste processo, o Benfica pedia uma indemnização de €2.500, que seria doada a uma instituição de caridade.
O caso remonta a a Novembro de 2005, quando numa viagem ao Canadá o presidente do clube da Luz proferiu um discurso ofensivo para diversos jornalistas, que prometeu identificar na televisão. Entre outras afirmações, apelidou os jornalistas de "jagunços", "lixo" e "pessoas sem valores de família", declarações reproduzidas em diversos jornais desportivos nacionais.
Dois dias após estas afirmações, a 15 de Novembro de 2005, Luís Filipe Vieira, em entrevista à RTP Internacional, disse, entre ofensas, que António Tavares Teles era pago para dizer, recebendo como moeda de troca almoços, jantares e charutos.
Por se sentir ofendido na sua dignidade pessoal e profissional junto do público, o jornalista avançou com o processo de difamação, mas apesar da gravidade dos danos optou por não os valorizar em termos pecuniários, razão pela qual só solicitou a indemnização no valor simbólico de um euro. "Do qual não prescindo", insiste Tavares Teles.
in Expresso, online, por Isabel Paulo 21/5/09
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